A professora dedicou essa aula ao assunto “Tema” (por que o fotógrafo faz do jeito que faz), nos instigando aos seguintes tópicos:

  • O olhar de dentro;
  • Intimidade com o assunto;
  • Simples vs. Sensacional.

Debatendo os tópicos, vimos que eles convergem para a seguinte conclusão: não há necessidade de buscar o tema no mundo externo ao do nosso cotidiano. Ele está sempre mais perto do que esperamos, ou seja, não é necessário ir para Ásia para fazer um ensaio legal.

De quebra, saiu um debate caloroso sobre Sebastião Salgado e “Beleza Estética vs Intimidade com o Assunto”. Foi comentada a entrevista dele no Roda Viva onde também estava a jornalista e crítica de fotografia Simonetta Persichetti. Por conta de um texto que havia lido um tempo atrás, eu acabei levantando a bola sobre Ansel Adams (até que ponto Adams conseguiu usar a técnica enquanto método criativo ou tornou-se um escravo do seu preciosismo técnico) e alguns aspectos sobre ele ficaram mais claros para mim.


A partir da conclusão, a professora nos mostrou alguns ensaios:

  • Caixa de Sapato (Cia de Foto) – ensaio extremamente íntimo; conseguiram unir fotografia autoral e publicidade.
  • Face of Our Time (August Sander) – de família simples, com a ajuda do tio começou a fazer foto comercial, mas tinha necessidade de entrar em contato com a classe operária; no entanto, escondia essas fotos por conta do nazismo (“O seu livro Face of our Time foi apoderado em 1936 pelos nazistas e as placas foram destruídas“).
  • A João Guimarães Rosa (Maureen Bisilliat) – inglesa, mas mora no Brasil há muito tempo; une fotografia e literatura.
  • Cuide de Você (Sophie Calle) – se vale de experiências de sua vida pessoal para a criação de seus trabalhos. No caso da mostra Cuide de Você, tudo gira em torno da carta que ela recebeu de seu namorado na qual ele rompia o romance.
  • The Ballad of Sexual Dependency (Nan Goldin) – retrato cru sobre a época “Sexo, Drogas and Rock’n’Roll”; a partir daí, estudou fotografia; fez muito auto-retrato.
  • Instante Decisivo (Henri Cartie-Bresson) – após a 2ª Guerra Mundial, com a melhoria tecnológica, virou moda os fotógrafos de guerras fotografarem o cotidiano das cidades; nasce a fotografia não posada, a fotografia humanista (não só o Bresson, mas Robert DoisneauElliott ErwittRobert Capa entre outros); o Instante Decisivo – dois tempos em uma única foto: ainda e .
  • Contando Histórias (Duane Michals) – sequência de imagens que contam uma história.

É… Construção de repertório!

Essa foi a aula de hoje e não saímos dela sem sermos relembrados dos trabalhos que temos que entregar na próxima aula 🙂 e comentar sobre alguns dos fotógrafos escolhidos como referência:


Outros comentários feitos na aula:

Fotografia Autoral

Livros do Ansel Adams

Maio – Mês da Fotografia